A COMISSÃO JULGADORA do Concurso de Poesia LUCILA NOGUEIRA, do Festival de Literatura e Mídia Digital (FLMD) tem a satisfação de convidar os autores dos seguintes poemas para a entrega da premiação nesta quinta-feira, 31, as 19h, no CENTRO CULTURAL CORREIOS:
Eis os vencedores:
LÓRI - Ana Lúcia Orleasns - Colégio de Aplicação UFPE
MEDO - Julio ferreira de souza neto - Escola Pastor Jose florêncio
VENTO - Eduardo Berenger - Escola Professor Fernando Mota
VULGARIDADE INSCONTANTE - Sahara Higino- Escola Luiz Delgado
O POETA NÃO LEVA, ELE DEIXA... - Alessandra Brander- Escola Sylvio Rabelo
A premiação consiste de:
1- Medalha;
2- Certificado;
3- Cesta de livros.
O poeta não leva, ele deixa...
Alessandra Brander- Escola Sylvio Rabelo
A vida do poeta é doar e expressar o amor em forma de poesia.
Ele constrói história e deixa sua marca bem presente no nosso coração.
O poeta não leva, ele deixa vida, paz e sinceridade para os que buscam nele.
O poeta não leva nada da vida, porque ele é a própria essência do que faz perante a vida
universal da poesia.
Ele faz o que sente pra que não falte o poema do amor para aqueles que acreditam no
levantar das palavras que não podem ser lavadas pelo vento...
O poeta não leva a morte apesar de morrer.
Ele deixa a vida registrada como prova da sua existência nas suas poesias.
O poeta não leva, ele deixa...
O silêncio doce de cada poesia fazendo a alma sorrir todos os dias.
Amore.
Ele constrói história e deixa sua marca bem presente no nosso coração.
O poeta não leva, ele deixa vida, paz e sinceridade para os que buscam nele.
O poeta não leva nada da vida, porque ele é a própria essência do que faz perante a vida
universal da poesia.
Ele faz o que sente pra que não falte o poema do amor para aqueles que acreditam no
levantar das palavras que não podem ser lavadas pelo vento...
O poeta não leva a morte apesar de morrer.
Ele deixa a vida registrada como prova da sua existência nas suas poesias.
O poeta não leva, ele deixa...
O silêncio doce de cada poesia fazendo a alma sorrir todos os dias.
Amore.
Vulgaridade Inconstante
Sahara Higino- Escola Luiz Delgado
Perdoa.
Esse meu corpo inquieto,
Esses olhos que devoram outros alguéns,
A essa meu libido ardente.
Perdoa!
Perdoa essa boca quente,
Esse sangue indecente,
Essas mãos calientes.
Perdoa!
Essa respiração ofegante,
Que quase por um instante
Me faz entrar em um estado compulsivo e maníaco
De gozo e prazer .
Porém, há muito que eles não sabem...
As princesas dos contos de fada,
São sujas e vulgares.
E comigo não seria diferente .
Viver entre delírios e pecados (LUXÚRIA).
Perdoa!
Embora a ti eu não só pertença,
Esse coração (meu coração)
Medroso e vadio,
Esse sim, esse sim é só teu .
Perdoa esse coração prostituto .
Perdoa!
- Deitar com estranhos me traz momentos de prazer.
E entre lençóis manchados e pensamentos devassos,
É em tua respiração e no toque singelo de suas maõs, volto ...
A sentir-me pura, limpa ...
Como a menina de outrora que sentada ao banco da praça
Sorria ao te ver chegar .
Julio ferreira de Souza Neto - Escola Pastor Jose Florêncio
Do trabalho me vem o dinheiro
Que também é um regozijo
Porém está vindo em primeiro
Ocupando-me o dia inteiro
E pouco redijo
E tenho medo de não escrever
E o sono eu ir perdendo
E viver sem viver
E os meus olhos possam ver
O poeta se desfazendo
Viveria sem sentido
Vagando na madrugada
O propósito estaria caído
E o meu corpo mal vivido
Nem sairia do nada
No vazio andaria
Sem nada do meu ser
E em tudo perderia
Não só à noite, mas também o dia
Se eu não viesse a escrever
Lóri
Ana Lúcia Orleasns - Colégio de Aplicação UFPE
Chegou e viu o prato.
Era só prato, mais nada.
Redondo, preto.
Chegou e viu o prato.
Antes flor e prato,
agora
prato
pra tirar o prato praticamente praticou dor
dor avante ainda amava Lóri
Lóri era flor, agora sem prato,
despedaçada no chão.
a
três
andares
e debaixo de um céu preto preto (feito o prato)
ela era o que se via com dificuldade
É que
Lóri era flor, agora sem prato,
despedaçada no chão.
A terra pesada não a salvou
de tal trágico destino de morrer como gente
(Havia morrido Lóri?)
Quando vento ventou
terra disse: fica!
Prato disse: vai!
Mas Lóri se apaixonou pelo vento
Abriu sua flor antes fechada
Esticou seu caule antes morto
Fez-se em mil pedaços cor-de-própria-pele
e deu-se ao v e n t o
disse que a levasse
"Não meu bem, morrerás em menos de quatro"
"Morreria até em três por ti"
Mais vale três contigo a me transpassar
num misto de suave e dolor
do que por mil anos me guardar
em todos os botões de flor
Lóri rimava pobre
porque isso é o que se faz quando está apaixonado:
rima-se pobre.
Desde aquele dia não mais quis saber de lugar certo
o vento, pra não matar
porque descobriu que matar amando
é mais que viver a vida inteira
Mas morrer de amor era melhor ainda.
Lóri era flor, agora sem prato
despedaçada no chão.
Vento
Eduardo Berenger - Escola Professor Fernando Mota
Os pêlos se eriçavam...
Os cabelos se tornavam informes...
A barba umedecia...
Era o vento
O rosto se refrescava...
O coração palpitava...
As mãos eram desatadas...
Era o vento
O drama se fazia...
A fogueira se aquecia...
Era o vento
As maças caiam...
Sentimentos explodiam...
Era o vento